A pandemia realmente mudou os hábitos dos consumidores brasileiros. Pessoas que nunca tinham comprado nada na internet, fizeram suas primeiras compras. O comércio on-line cresceu semana a semana nos primeiros meses do isolamento social. Com mais tempo em casa, as pessoas passaram a comprar mais itens domésticos e jogos eletrônicos.
O comércio não essencial ficou fechado por cerca de cinco meses. Com as medidas de isolamento social, o home office forçou as pessoas a ficarem em casa para evitar a propagação do novo coronavírus. Tudo isso impactou no aumento das vendas on-line.
A 42.ª edição do estudo Webshoppers, elaborado pela Ebit Nielsen em parceria com a Elo, mostrou que 7,3 milhões de brasileiros compraram em websites pela primeira vez. A mesma pesquisa apontou que 40% mais pessoas aderiram ao e-commerce no período compreendido entre 5 de abril e 28 de junho, justamente na época em que os casos de COVID-19 aumentaram no país.
Por consequência, o faturamento do comércio on-line brasileiro cresceu 47%, e o número de pedidos subiu 39% no primeiro semestre de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, segundo a mesma pesquisa. Aliás, esse salto no faturamento foi o maior dos últimos 20 anos.
O crescimento se repetiu na América Latina. Foi o que mostrou o estudo da Kantar, empresa de consultoria. Isso porque as vendas on-line cresceram continuamente.
Confira o desempenho:
Nos intervalos, o crescimento foi constante, mostrando que o consumidor apostou nas compras on-line para manter suas necessidades básicas, como alimentação, e adquirir novos produtos, como celulares.
Basicamente, com mais tempo em casa, as pessoas passaram a comprar mais itens para uso doméstico e para pequenas reformas. Além disso, adquiriram mais produtos para lazer e bem-estar, já que não podiam ir a espaços públicos.
Nesse sentido, um levantamento da Kantar revelou que entre as categorias que tiveram mais crescimento entre os brasileiros isolados na pandemia estavam os videogames (47%), beleza e saúde (33%) e computadores e acessórios (23%).
Seguindo o mesmo padrão, a pesquisa da Criteo (empresa de tecnologia focada em profissionais do marketing) identificou nas primeiras semanas de abril de 2020 uma alta nas vendas de videogames (315%), roteadores e repetidores de sinal (193%), televisores (191%) e laptops (169%).
Considerando apenas as vendas on-line no Mercado Livre, que está entre os maiores sites de vendas on-line no Brasil, houve um aumento de 39% entre os dias 24 de fevereiro e 3 de maio. Entre os produtos mais vendidos estavam:
Aliás, os três últimos itens indicam que os trabalhadores buscam mais conforto no trabalho home office. Afinal, existe uma tendência de que o trabalho remoto vai continuar, mesmo com o controle da pandemia. Um professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) identificou, por exemplo, que o home office vai crescer 30% no Brasil.
Quem está de olho nas ofertas, deve estar sempre ligado nos produtos mais vendidos dos sites, pois afinal isso significa que eles têm boa reputação ou bom preço. Por isso, acompanhe os 10 produtos mais pesquisados no Google Shopping, no recorte feito entre 9 de agosto e 9 de setembro:
O smartphone Galaxy Note 10 Plus aparece como a principal busca no Google Shopping
O Mercado Livre também atualiza as buscas mais relevantes na sua plataforma. Nesse sentido, confira os 10 produtos mais buscados de cada categoria recentemente:
Quem é empreendedor pode aproveitar o momento de crescimento nas vendas on-line para montar seu e-commerce.
Para dar uma ajudinha aos empresários desse meio, o Olist (plataforma que concentra vendedores que querem anunciar em marketplaces) fornece listas com os itens mais vendidos para inspirar os projetos nessa área.
Veja alguns deles por ordem de receita gerada:
Tudo indica que essa é a hora e a vez do varejo digital. A tendência é que mesmo com a retomada gradual do comércio físico, as vendas on-line continuem crescendo até o final do ano.
Os consumidores devem aproveitar as promoções de fim de ano para presentear amigos e parentes. A pesquisa da Rakuten Advertising (empresa especializada em tecnologia para publicidade e marketing digital), intitulada “O Caminho para a Retomada: os Picos de Venda para 2020 Repensados”, apontou que 87% das pessoas devem ir às compras no Natal e que 57% desejam fazer algum gasto em campanhas, como na Black Friday. O interessante é que desse percentual de consumidores que estão animados para essas duas datas, 86% desejam fazer compras on-line. Sendo assim, o varejo que já se adaptou durante o isolamento social, criando canais de vendas pela internet, deve concentrar ainda mais os esforços nessa área. Afinal de contas, com receio da segunda onda da pandemia e com o alto volume de pessoas que fizeram suas primeiras compras no e-commerce, a tendência é de alta no varejo eletrônico. Contudo, é bom lembrar que os consumidores devem tomar cuidado para não se tornarem vítimas de golpistas, comprando sempre em sites confiáveis, preferindo o cartão de crédito ao boleto (que pode ser falsificado mais facilmente) e pesquisando sobre a idoneidade das lojas em sites como o Proteste e Reclame Aqui.
Fonte: Portal Estado de Minas – Economia
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